Pacientes que utilizam sonda: há necessidade de se estimular a deglutição?
Há 30 anos a população brasileira está envelhecendo. Estima-se que até 2025 o Brasil tenha a sexta população idosa do planeta, mais de 32 milhões de pessoas com idade acima de 60 anos. Estudos sobre o tema revelaram que este processo ocorre de forma diferente com cada pessoa. Cada um necessita de mais ou menos cuidados de acordo com as condições de sua saúde.
Decorrentes de doenças como o AVE (derrame), Parkinson ou Alzheimer, os cuidados com a alimentação eram pouco conhecidos até o final da década de 90. Muitas vezes, idosos emagrecem ou apresentam pneumonias freqüentes devido ao fato de não conseguirem mastigar e engolir alimentos e até mesmo a saliva, estes são desviados para as vias respiratórias Esta dificuldade é chamada de disfagia e seus sintomas mais comuns são pigarro, tosse ou engasgo durante a refeição, sensação de algo parado na garganta e cansaço e rouquidão após a alimentação. Em casos mais sérios, o idoso pode receber a alimentação por meio de uma sonda já esta dificuldade pode levar a morte por asfixia.
Atualmente, existe tratamento para a maioria destes problemas através de exercícios orais e faciais, adaptações na consistência da dieta e orientações ao idoso e sua família. A rápida procura por um fonoaudiólogo garante que não somente os problemas de desnutrição e pneumonias decorrentes desta dificuldade sejam evitados, mas que sejam preservados a socialização e o prazer alimentar oferecidos pelo ato de comer, fundamentais a sua qualidade de vida.