Juliana Venites - Fonoaudióloga

Fonoaudiologia e Envelhecimento

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Os cuidados paliativos: mantendo a qualidade de vida quando não há mais cura

Recentemente, a filha de um idoso em fase avançada da doença de Parkinson me questionou: o doutor disse que não há mais o que fazer. Não posso ficar com as mãos atadas! O que posso fazer para que ele literalmente se vá em paz?

A angústia da filha nos lembra inúmeras famílias que recebem o diagnóstico de doenças incuráveis de seus entes queridos e muitas vezes ficam desorientadas sobre como lidar com esta triste situação. Casos assim requerem o que denominamos de cuidados paliativos. A Organização Mundial da Saúde define que estes cuidados visam promover a qualidade de vida destes pacientes e de suas famílias, através da prevenção e do alívio do sofrimento. Diante da necessidade de intervenções globais, os cuidados paliativos são realizados por uma equipe multiprofissional ou interdisciplinar integrada.

São princípios da equipe interdisciplinar nos cuidados paliativos:

O fonoaudiólogo também atua junto a equipe e ao paciente. As fonoaudiólogas Adriana Colombani Pinto, Luciana Bertachini e Paula Pelegrini que estudam profundamente o assunto relatam que modificações na consistência alimentar, evitando pneumonias e desnutrição e adaptações na comunicação como uso de códigos simples de “sim e não” ou fotos e escrita são atribuições da Fonoaudiologia.

Muitas instituições e hospitais contam com uma equipe de cuidados paliativos que oferecem esta assistência. Na finitude, manter a qualidade de vida ultrapassa oferecer o que é vital, e sim oferecer o que puramente humano, até que os olhos se fechem para não mais abrir.

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