A linguagem e a fala no envelhecimento
Adquirida desde a vida intra-uterina até o momento da morte, a linguagem humana é uma estrutura complexa. Funciona como uma biblioteca pessoal, onde cada indivíduo armazena as palavras, seus significados, regras gramaticais e comportamentos sociais que utilizará para se comunicar com as pessoas e com o mundo. A fala é a forma mais comum de expressão da linguagem.
Durante o envelhecimento, a linguagem segue dois caminhos: o normal e o patológico. Em ambos, o estilo de vida, a saúde física e psicológica e os fatores sociais e culturais tornam-se aspectos determinantes para a ocorrência ou não dos sintomas.
No envelhecimento normal da linguagem observamos redução do uso e da compreensão de diálogos ou textos complexos e problemas de memorização de fatos recentes. Já no envelhecimento patológico, em doenças como o AVE (derrame), Alzheimer ou outras demências os sintomas mais comuns são: o esquecimento ou troca dos nomes de objetos ou de pessoas, dificuldades de compreensão, mesmo de ordens simples e alteração da fluência da fala, podendo chegar até ao mutismo (ausência total da fala).
O tratamento através da terapia fonoaudiológica deve ser realizado precocemente, pois se não tratados, estes sintomas podem levar o idoso ao isolamento, angústia e depressão. Se você tem em sua família um idoso com problemas de linguagem, procure:
- Falar de frente para o idoso, pausadamente, utilizando frases curtas e objetivas;
- Dê tempo para que o idoso tente se expressar, por fala, escrita ou gestos;
- Informar ao idoso todo o procedimento que será com ele realizado.